Não há um valor mínimo obrigatório para dar o primeiro pontapé. Na verdade, é possível começar com tão pouco quanto R$ 30.

Investir no mercado financeiro pode soar como coisa para privilegiados que acumulem uma pequena fortuna no banco. Talvez isso tenha sido verdade no passado – felizmente, não é mais. Quanto é preciso ter para começar a investir? A resposta é: tanto quanto for a sua capacidade de economia.

Quanto é preciso ter para começar a investir? A resposta é: tanto quanto for a sua capacidade de economia.

A escolha de um investimento depende de uma série de fatores relacionados aos seus objetivos pessoais. O que você pretende fazer com o dinheiro? Em quanto tempo precisa que ele esteja disponível? Qual seu nível de tolerância ao risco? E “quanto dinheiro eu tenho?” está entre as perguntas que todos deve fazer a si mesmo ao investir. Não porque exista um mínimo obrigatório para dar o primeiro pontapé – mas porque o valor disponível pode determinar algumas condições para a sua escolha.

A verdade é que ser capaz de investir regularmente tem muito mais a ver com a disciplina para poupar do que propriamente com o valor que você possui. Quem consegue guardar um pouco a cada mês – que sejam R$ 50, R$ 100 ou R$ 1.000 – têm uma série de opções à disposição.

Onde investir pouco dinheiro?

As instituições financeiras costumam oferecer muitas alternativas de investimento, com características bem variadas, para seus clientes. Praticamente todas terão à disposição algum CDB – ou certificado de depósito bancário – com aplicações mínimas. No C6 Bank, por exemplo, o valor mínimo de investimento para aplicação em CDB é R$ 100. Também existem fundos de investimento que permitem aportes tão pequenos quanto esses.

Os planos de previdência privada também costumam estar na lista de produtos que permitem investimentos pequenos, a partir de R$ 30 por mês.

Já alternativas isentas de Imposto de Renda costumam exigir aportes um pouco maiores. É o caso das letras de crédito imobiliário (LCI) e agrícola (LCA). Normalmente, é preciso dispor de pelo menos R$ 500 para investir nesse tipo de papel.

Fora dos bancos, há a opção de investir em títulos públicos negociados pelo Tesouro Direto, sistema do governo federal que permite comprar e vender papéis pela internet. O valor mínimo é de R$ 30.

Vale a pena começar com tão pouco?

Não restam dúvidas de que o passo mais importante é começar a investir regularmente, não importa se muito ou pouco dinheiro. Organizar o orçamento para que haja uma sobra todo mês é, certamente, o maior desafio.

Mas há duas questões para considerar quando se tem pouco dinheiro para investir. A primeira são as condições. Normalmente, os produtos com custos mais baixos e com melhor rentabilidade são os que exigem aplicações maiores. Por isso, talvez você não tenha acesso ao investimento que gostaria se sua capacidade de poupança ainda é pequena.

O segundo são as chances menores de diversificar suas aplicações, uma prática muito recomendável pelos especialistas. Se você tem pouco, terá de escolher um ou dois produtos para alocar seu dinheiro. Quem já conseguiu guardar um valor maior consegue distribui-lo entre várias opções, o que ajuda a reduzir o risco da carteira.

Dá para investir pouco em qualquer produto?

De fato, é possível começar a investir com valores bem baixos – mas não em qualquer produto. Há algumas alternativas de investimentos que fazem mais sentido para quem já conseguiu guardar um certo volume de dinheiro. É o caso da bolsa de valores, por exemplo.

O investimento direto em ações tem algumas peculiaridades. Uma delas são as taxas de negociação das instituições financeiras. A maioria dos bancos, corretoras e plataformas de investimentos cobram taxa de corretagem – primeiro na hora da compra dos papéis, e depois na hora da venda. O valor varia muito de instituição para instituição, mas para quem opera pela internet, via home broker, costuma ficar entre R$ 10 e R$ 30 por operação.

Agora imagine que você consegue guardar R$ 200 por mês para fazer uma pequena reforma em casa daqui a um ou dois anos. Considerando os valores usuais da taxa de corretagem, pode não ser vantajoso investir o dinheiro em ações – o custo de cada operação é elevado demais para valer a pena. Isso fora outros custos envolvidos, como impostos e taxas de negociação cobradas pela própria bolsa de valores.

Outro detalhe para considerar é o preço em si das ações. A cotação dos papéis da mineradora Vale, por exemplo, era de cerca de R$ 50 por ação no início de maio de 2019. Quer dizer que com os R$ 200 mensais do exemplo acima seria possível comprar, no máximo, quatro ações por mês. Isso é possível, já que o pregão da bolsa de valores tem o chamado “mercado fracionário”, em que as ações são negociadas uma por uma. No mercado fracionário, no entanto, os papéis costumam ter menos liquidez e as cotações podem não ser tão vantajosas.

O ambiente da bolsa de valores com melhores condições é o chamado “mercado à vista”, em que as ações são negociadas em lotes-padrão. No caso da Vale, o lote-padrão é de 100 ações. Quer dizer que os papéis são comprados e vendidos em pacotes de 100. Um lote-padrão da Vale, no início de dezembro de 2018, custava cerca de R$ 5.000. Para quem tem valores pequenos, esse investimento pode ser inviável.

Um raciocínio semelhante se aplica às debêntures, que são títulos de renda fixa que representam um “empréstimo” feito a uma empresa. Normalmente, as debêntures são lançadas por um valor de referência de R$ 1.000. É difícil investir um valor menor do que esse diretamente nelas.

E então, o que fazer?

Em casos como esses, uma saída é optar pelos fundos. Administrados por gestores profissionais, os fundos são uma espécie de “condomínio” de investidores, que têm seus recursos aplicados conjuntamente em todo tipo de produto financeiro. Pela gestão profissional paga-se uma taxa de administração, que costuma ser uma taxa percentual – entre 1% e 3% – sobre o valor investido. Há fundos de ações e de debêntures que permitem aplicações iniciais tão pequenas quanto R$ 100 ou R$ 200.

Quer começar a investir? Acesse o site do C6 Bank (www.c6bank.com.br) e saiba mais.